quinta-feira, julho 07, 2011

Escolhas de uma vida

A certa altura do filme “Crimes e Pecados” o personagem interpretado por Woody Allen diz: “Nós somos as somas das nossas decisões.”

Essa frase acomodou-se na minha massa cinzenta e de lá nunca mais saiu.

Compartilho do ceticismo de Allen: A gente é o que a gente escolhe ser, o destino pouco tem a ver com isso.

Desde pequeno aprendemos que, ao fazer uma opção, estamos descartando outra, e de opção em opção vamos tecendo essa teia que se convencionou chamar “minha vida”.

Sei que não é uma tarefa fácil.
No momento em que se escolhe ser médico, se está abrindo mão de ser piloto de avião. Ao optar pela vida de atriz, será quase impossível conciliar com a arquitetura...

No amor, a mesma coisa: namora-se um, outro e mais outro, num excitante vai e vém de romances. Até que chega um momento em que é preciso escolher entre passar o resto da vida sem compromisso formal com alguém, apenas vivenciando amores e deixando-os ir embora quando se findam, ou manter um relacionamento com direito a casa própria, orçamento doméstico e responsabilidades.

As duas opções tem seus prós e contras: Viver sem laços e Viver com laços.

Escolha: Beber até cair ou virar vegetariano e budista? Todas as alternativas são válidas, mas há um preço a pagar por elas.

Quem dera pudéssemos ser uma pessoa diferente a cada 6 meses: ser casados de segunda à sexta e solteiros nos finais de semana; Ter filhos quando se está bem disposto e não tê-los quando se está cansado.

Por isso é tão importante o auto conhecimento!

Por isso é necessário ler muito, ouvir os outros, estagiar em várias tribos, prestar atenção ao que acontece em volta e não cultivar preconceitos.

Nossas escolher não podem ser apenas intuitivas, elas tem que refletir o que a gente é. Lógico que se deve reavaliar decisões e trocar de caminho: Ninguém é o mesmo para sempre! Mas que essas mudanças de rota venham para acrescentar e não para anular a vivência do caminho anteriormente percorrido.

A estrada é longa e o tempo é curto.

Não deixe de fazer nada que queira, mas tenha responsabilidade e maturidade para arcar com as conseqüências destas ações.

Lembre-se: Suas escolhas tem 50% de chance de darem certo, mas também tem 50% de chance de darem errado, portanto, a escolha é sua!

Arrisque-se, vale a pena!

Texto Pedro Bial

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